Eis a pele que não é minha,
Aqui está o toque que não é meu,
Uma profunda sensação.
Eis o desejo de possuir
Tudo aquilo que sou.
Tudo aquilo que sou.
Eis a respiração que não é minha,
Aqui está as batidas de um coração,
(Quem dera ele fosse meu!).
Eis a vontade infinda
De tudo aquilo que não sou.
Eis o cheiro mais doce que não é o meu,
Aqui está a fala mais terna,
A paz que nasce
Em um seio lânguido.
Tal ninho que não sou.
Eis a alma mais certa que não é minha,
Aqui está o brilho mais lúcido,
doce é a vida ante a presença
Ao qual não sou eu,
De tudo aquilo que não sou,
Mas é o todo que há em você.
(Fernanda Campos)
Uma grande amiga minha me mostrou algumas de suas poesias e eu fiquei impressionada. Sabia que ela escrevia, sempre conversamos sobre isso. Mas me encantei com algumas. Essa aí, principalmente. Ela me mostrou, mas estava sem título. Eu então o sugeri e ela gostou. "O que não é meu".
É um título bem sugestivo... E uma poesia também. Me vi nela. Com todas os desejos, medos, sonhos... Imagens do passado, anseios para o futuro.
Bruna, minha miga, obrigado por ter me concedido o seu poema para que eu o postasse no meu blog. Me senti honrada.
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