Eu estou lendo um livro que possui contos clássicos de vampiros ( Contos Clássicos de Vampiros). Lá, os autores fazem uma breve cronologia sobre o tema, explicando numa singela linha de tempo a evolução do tema. Dentre os autores citados, me chamarm a atenção Byron, Goethe, Stoker, Gautier, Polidori e outros. Muito, muito interessante saber como esses personagens fantásticos surgiram e evoluiram! E, para coroar isso tudo, surgiu a idéia desse post.
* Nesse blog possui um conto na íntegra do autor Théophile Gautier , A Morte Amorosa. Se houver interesse, é só buscar nos arquivos.
John William Polidori (Londres, 7 de setembro de 1795 - 24 de agosto de 1821), médico e escritor inglês de pai italiano nacionalizado inglês.
Polidori recebeu uma formação científica e humanística muito esmerada. Com 16 anos começou seus estudos de Medicina na Universidade de Edimburgo e aos 19 leu sua tese de licenciatura, o que dá ideia de como era aplicado que era como aluno. No entanto, seu verdadeiro talento foi destacado no campo das letras e teve uma carreira literária como um dos autores mais admirados.
A oportunidade chegou quando travou contacto com o já famoso e escandaloso Lord Byron. Este precisava um médico pessoal para sua próxima viagem por Europa e um doutor amigo lhe recomendou a Polidori. Lord Byron admirou imediatamente o jovem médico e contratou-o. Assim se iniciou o período mais intenso, mas também mais desgraçado, da curta biografia de John Polidori.
Este levou durante o trajeto pela Europa, um diário onde ia recolhendo todas as incidencias da viagem. Algumas entradas do diário refletem a vida bastante burguesa do casal de ingleses, ainda que não se vislumbra uma relação muito próxima, íntima, de verdadeiros amigos entre o poeta e o médico. De facto, outras testemunhas dão fé de que depois da aproximação inicial, Byron ironizava abertamente o seu jovem médico, duvidando da sua capacidade como profissional de medicina, mas sobretudo, de suas tentativas por emular o imiciante poeta, criticando publicamente as peças de teatro que Polidori escreveu.
Instalados durante uma temporada em Suíça, foi em Genebra, o 17 de junho de 1816, onde teve lugar o famoso incidente que propiciou o nascimento de uma das novelas de terror mais aclamadas da literatura universal, Frankenstein, de Mary Shelley. No verão desse ano, Byron e Polidori recebiram assiduamente ao poeta Shelley e a sua futura esposa, Mary Wollstonecraft Godwin. Em uma dessas reuniões, depois da leitura de uma antología alemã de relatos de fantasmas (Phantasmagoriana), Byron propôs que a cada um deles escrevesse uma novela terrível.
Se Shelley, Byron e os demais fizeram-no não se sabe, talvez tenham feitos simples esboços de histórias, mas Mary Shelley e o “pobre Polidori” (como costumavam o chamar Byron e a mesma Mary), conseguiram finalizar seus respectivos projectos, iniciados nessa noite mágica ainda que publicados mais tarde.
A desgraça de John Polidori é que sua obra, Ernestus Berchtold ou o moderno Edipo, fica bastante ensombrecida pela magnífica novela de Mary Shelley, Frankenstein. A relação de Byron e Polidori deteriorou-se finalmente porque Polidori tentava subornar Byron com favores e este necessitava dos serviços do médico.
Pouco mais fica por contar da vida deste aspirante a escritor. Publicou alguns poemas que passaram sem glória (como A queda dos anjos, poema ambicioso). Porém, só com seu relato O Vampiro, publicado em princípio anonimamente, conseguiu o aplauso do público, depois do verdadeiro escândalo originado pela sua autoria (não se sabia quem havia escrito, inclusive o intitularam a Byron). Neste relato, a figura do vampiro recolhe alguns traços do poeta Byron, reconhecidos pelos leitores da época. Quiçá fosse uma pequena vingança pessoal do homem que sempre esteve à sombra do génio romântico.
Inclusive a morte de Polidori parece um remedo dessas mortes heróicas e sublimes de Byron e Shelley. Em 1821, farto de uma existência tão pouco ilustre, pôs fim a sua vida com um veneno poderoso. A família, para evitar o escândalo, apagou todas as provas do suicídio, jogando terra ao assunto e ao mesmo tempo, ao quiçá único gesto verdadeiramente singular de sua existência.
Fonte: Worldlingo.com
Muito interessante, fiquei realmente curioso pelas obras dele. Não tive oportunidade de lê-las mas pretendo, em breve, ousar ler alguma.
ResponderExcluirGostei muito desse seu espaço. Continue assim, faltam coisas de conteúdo para se ler na internet.
Obrigado !Night!!! Eu busco sempre por assuntos que acho interessante e quase não acho muita coisa. Eu tento fazer desse blog um lugar onde eu posso guardar e fazer consultas. Mais uma vez, obrigado pelo apoio.
ResponderExcluir