Essa é uma das histórias mais lindas que já li. Terminei de ler o Silmarillion há pouco tempo, de J.R. Tolkien, e me encantei com a história dos dois. Não apenas por ser uma linda história de amor, ms também por ter força. Nela , Lúthien é mais forte que Beren, mostrando como a força feminina pode ser decisiva. Em breve postarei a história de Túrin Turumbar, mas uma que me chamou a atenção. Não quero esquecer... Segue um pequeno resumo dessa linda história.
Lúthien nasceu da união entre Thingol, um Elfo e de Melian, uma Maia. Diz-se que era a mais bela de todos os Filhos de Eru, e era a Princesa de Doriath. Certa vez, enquanto dançava e cantava nos bosques de Doriath, encontrou Beren, um mortal que lá vagava depois de ter enfrentado duras provações. Ele então ficou estático, e ela fugiu dele, mas voltou. E ele então chamou-a de Tinúviel, que significa Rouxinol, pela beleza de seu canto. O pai dela, Thingol, não gostou nada do relacionamento dos dois, inclusive ofendendo Beren. Ele então ofereceu uma condição para que Beren conseguisse a mão de sua filha. Ele deveria resgatar uma Silmaril da coroa de Morgoth, o Senhor do Escuro, do qual Sauron, aquele que aterrorizou a Terceira Era, era apenas um servo. Essa tarefa era quase impossível, mas ele partiu assim mesmo.
Lúthien foi decisiva nessa missão, e o ápice de sua coragem se deu quando ela chegou aos portões de Angband, onde pôs para dormir o lobo Carcharoth, e o casal chegou diante do trono de Morgoth. Lá, Lúthien cantou para Morgoth, e ele dormiu, sonhando com a escuridão de antes do mundo. E então Beren conseguiu resgatar uma Silmaril de sua coroa. Quando chegaram aos portões de Angband, foram surpreendidos por Carcharoth, que acabou por abocanhar a mão de Beren, que segurava a silmaril. Ali mesmo, Lúthien salva Beren da ferida venenosa de Carcharoth, e os dois conseguem escapar e voltar para Doriath, porém sem a silmaril.
Após a volta deles, é organizado em Doriath uma caçada a Carcharoth, que estava enloquecido, pois em suas entranhas queimava o silmaril. Durante a caçada, Beren acaba sendo ferido mortalmente pelo lobo, e Huan e Carcharoth travam um combate, no qual Huan acaba matando o lobo e sai ferido. E ali mesmo, nas florestas de Doriath, Huan e Beren acabam perecendo. Lúthien então pediu que Beren a esperasse nos Palácios de Mandos, onde aguardam os espíritos dos mortos para serem julgados.
Lúthien então morreu e passou para os Palácios de Mandos, mas não parou nos locais designados aos Elfos, e foi diretamente a Mandos, o Juíz dos Mortos. Lá ela cantou uma canção, "a mais bela canção jamais criada em palavras", e nela ela colocou todo o pesar de humanos e elfos. Mandos era conhecido por ser um tanto impiedoso, e jamais se comover, mas, como é dito em O Silmarillion, "enquanto estava ajoelhada diante dele, suas lágrimas caíram sobre os pés de Mandos como chuva sobre as pedras. E Mandos se comoveu, ele, que nunca se comovera desse modo até então, nem depois."
Mandos então consultou Manwë, rei dos Valar e de Arda, e ele deu duas opções para Lúthien: ou ela retornava à vida imortal para viver só em Aman, ou ela voltava à Terra-média como mortal, junto com Beren, e foi essa a opção que ela escolheu. E então eles voltaram a Beleriand e passaram a morar em Tol Galen, uma ilha do Rio Adurant em Ossiriand, não mais aparecendo no Quenta Silmarillion a partir daí, exceto no caso em que exterminou os anões que mataram Thingol roubando a Silmaril incrustrada no Nauglamîr. A região incluindo Tol Galen e as regiões ao redor foram chamadas de Dor Firn-i-Guinas que, em Sindarin, significa "Terra dos Mortos que são Ligeiros".
Lúthien e Beren passaram a viver na Terra-média uma vida reclusa, evitando qualquer contato com homens,elfos ou anões. Tiveram um filho, chamado de Dior Eluchíl.Criando o poema - A Balada de Leithian
Tolkien trabalhou na Balada de Leithian do verão de 1925 até setembro de 1931, quando abandonou o poema com apenas 13 cantos completos, dos 17 planejados. Durante a composição ele fez melhorias nas partes já existentes, parcialmente baseado nas críticas do seu amigo C.S. Lewis que leu o poema em 1929. Nos anos 50, após a publicação de O Senhor dos Anéis, ele retomou o trabalho no poema, do qual reescreveu muitas passagens, particularmente do segundo, que expandiu e dividiu em dois. Apesar disso, seu poema nunca ficou numa forma completa ou definida.
Significado Externo
A Gesta de Beren e Lúthien foi inspirada na vida do próprio J.R.R.Tolkien e sua esposa Edith Bratt, a única mulher a quem ele amou na vida. Segundo consta no livro Letters, que é uma coletânea das cartas que Tolkien escreveu, ele diz que certa vez Edith dançou e cantou para ele. À época da morte de Edith, numa carta a seu filho, ele escreveu que [...]o cabelo dela era preto e sedoso, a pele clara, os olhos mais brilhantes do que os que vocês viram, e sabia cantar... e dançar. Mas a história estragou-se, e eu fiquei para trás, e não posso suplicar perante o inexorável Mandos.[...].
No túmulo de John e de sua esposa Edith está escrito, sob os nomes dos falecidos, os nomes Beren e Lúthien. Foi o próprio Tolkien quem escolheu o epitáfio: É breve e simples [o epitáfio], a não ser por Lúthien, que tem para mim mais significado do que uma imensidão de palavras, pois ela era (e sabia que era) a minha Lúthien [...] Nunca chamei Edith de Lúthien, mas foi ela a fonte da história que, a seu tempo, se tornou parte de O Silmarillion.
Só mesmo um gênio como Tolkien trabalharia tantos anos em uma mesma balada. E isso faz ainda mais sentido considerando a relação com sua própria vida. Muito bom o post!!!
ResponderExcluirEu amei esse livro e ainda mais essa história. Depois de saber que se relacionava com a vida dele... me apaixonei e morri de inveja! O cara é maravilhoso.
ResponderExcluirLúthien Tinúviel. Adivinha quem usa esse apelido na internet?? A Pri!! Hahaha!!
ResponderExcluirAh, fala pra ela nem vir com essa!!! A elfa aqui sou eu! hehehe Então quer dizer que vc é Beren? Que coisa mais linda! rsrsrs
ResponderExcluirMuito bom, eu li o livro e a historia deles foi linda
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